Decisão pela bandeira vermelha 1 representa taxa adicional de R$ 4,169 para cada 100 kWh consumidos. Baixo nível dos reservatórios hídricos e início da estação seca foram determinantes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (30) que a conta de luz terá bandeira vermelha 1 no mês de maio. Isso significa que será cobrada uma taxa adicional mais alta, de R$ 4,169 para cada 100 kWh.
Em abril, as faturas de todo o país foram fechadas com bandeira amarela, que representa R$ 1,34 a mais a cada 100 kWh. Segundo a Aneel, o "agravamento" da bandeira tem relação com a época do ano, já que o mês de maio marca o início da estação seca em boa parte do país.
Os reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país já estão baixos, mesmo ao fim da temporada de chuvas. O cenário, diz a agência, sinaliza um "patamar desfavorável de produção" de eletricidade – quanto menos água guardada, maior a necessidade de acionamento das termelétricas, que são mais caras.
"Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD). A conciliação desses indicadores levou ao acionamento do patamar 1 da Bandeira Vermelha", informou a Aneel.
Solução Está no Sol
Estes novos aumentos nas já onerosas contas de luz têm levado cada vez mais brasileiros a apostarem na geração própria de energia por placas solares. A tecnologia, que permite redução de até 95% nas faturas, também livra o consumidor dos aumentos das bandeiras e novos reajustes nas tarifas das distribuidoras. Com a queda dos preços dos sistemas fotovoltaicos, a energia solar se espalha em todo o país, impulsionada também pelas mais de 70 linhas de financiamento disponíveis.
O segmento de geração distribuída, criado em 2012 pela Aneel, registra quase 129 mil conexões, sendo 99% delas de geradores solares. A tendência se intensificou em 2019, que já registra o dobro de conexões do ano passado. Segundo a última previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), serão 1,35 milhão de brasileiros gerando a própria energia até 2027.